O setor da panificação no Brasil se despede de 2022 com muitos motivos para comemorar. Afinal, o ano foi bastante produtivo para o segmento, que registrou crescimento. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a alta foi de 7% em comparação com o ano de 2021.
Os bons ventos também sopraram no quesito faturamento. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), o setor deve fechar o ano que se encerra com um movimento de cerca de R$ 106 bilhões.
Atualmente, estão espalhadas pelo Brasil mais de 70 mil padarias, segundo dados da Abip. As empresas são responsáveis pela geração de cerca 2,5 milhões de vagas de trabalho. Desse total, são 920 mil empregos diretos e 1,6 milhão de empregos indiretos.
O brasileiro consome, em média, 22 quilos de pão por ano. O consumo do pão francês representa mais de 50%. No Brasil, o pão está presente no café da manhã de 76% dos lares. E 98% das pessoas consomem produtos panificados.
Dos produtos comercializados nas padarias, quase 62% são de fabricação própria e mais de 38% são de revenda. E apesar do pão ser o carro-chefe das padarias, a diversidade de produtos comercializados nesse tipo de estabelecimento só perde em quantidade comparativa para supermercados e hipermercados.
A panificação ocupa um lugar de destaque na economia do Brasil. Ela está entre os seis maiores segmentos da indústria no país, com participação de 36% na cadeia de produtos alimentares.
Perspectivas para 2023
E o que esperar do setor da panificação em 2023? Para mapear as tendências de acordo com o gosto dos consumidores, a pesquisa Taste Tomorrow entrevistou 11 mil consumidores em 25 países. Eles foram questionados sobre suas escolhas, atitudes e percepções relacionadas à indústria de produtos de panificação, confeitaria e chocolate.
O estudo revela um crescimento das vendas delivery no setor, hábito impulsionado pela pandemia. Mas, essa tendência não se aplica aos pães, já que o consumidor prefere fazer esse tipo de compra nas próprias padarias. E o estudo aponta que 72% das pessoas querem a manutenção das lojas físicas, com destaque para as padarias.
A origem do produto é algo que preocupa o consumidor. Ele quer saber se o que está comprando é confiável para a saúde. E também se preocupa se o produto tem processamento sustentável. Esse tipo de interesse ganhou relevância principalmente em função das redes sociais.
A pesquisa revela também que o consumidor associa a compra presencial do pão ao frescor, item que não é tão relevante com relação a doces e chocolates. Outra tendência levantada é o crescimento da procura por produtos com sabores tradicionais associados às quitandas caseiras como, por exemplo, o bolo de fubá feito pela avó.
Diante das tendências apontadas pelos consumidores entrevistados e dos números do setor em 2022, o que se espera é que o próximo ano seja ainda mais produtivo e de muito sucesso para o segmento da panificação. Que venha 2023!
