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Cachorro-quente

Sabia que foi um padeiro que criou o tradicional cachorro-quente?

Charles L. Feltman. Esse é o nome do padeiro que inventou o cachorro-quente. E isso foi há muito, muito tempo, mais precisamente no fim da década de 1860. Esse empreendedor soube aproveitar as oportunidades do mercado para criar um império. Conheça a trajetória de sucesso desse empresário que uniu pão e salsicha e fez dessa mistura um dos sanduíches mais conhecidos nos quatro cantos do mundo.

Cachorro-quente
Para celebrar o Dia do Cachorro-Quente, comemorado em 9 de setembro, saiba como o hot dog foi criado ( Foto: Pixabay)

Feltman saiu de seu país, a Alemanha, e migrou para os Estados Unidos, onde chegou em 1856. Como era padeiro, ele decidiu abrir uma padaria no Brooklyn, um bairro de Nova Iorque que fica perto da ilha conhecida como Long Island.

Nessa época, ele costumava entregar tortas para as empresas da redondeza. Feltman usava um carrinho para transportar os produtos. Além das tortas, ele preparava também frutos do mar para servir aos clientes que frequentavam a praia.

A história começou a mudar após a inauguração de uma ferrovia na região no fim da década de 1860, quando o movimento de pessoas no local aumentou muito. Os clientes passaram a pedir para Feltman preparar também alimentos quentes. Foi aí que ele teve uma grande sacada.

Pão, salsicha e sucesso

Como a maioria dos alemães, Feltman apreciava bastante uma comida típica da sua terra natal, a salsicha Frankfurter, feita com carne de porco defumada. Aí, ele decidiu preparar essa tradição alemã na América do Norte. Mas, precisava encontrar uma maneira mais fácil de servir a iguaria na praia. Por que não colocar a salsicha no pão? Pensou ele.

Cachorro-quente
O padeiro alemão decidiu criar um sanduíche que unia salsicha e pão ( Foto: Pixabay)

Mas, o empreendedor tinha ainda um desafio. Precisava atender ao pedido da clientela e servir o sanduíche quente. Então, modificou o carrinho onde transportava as tortas e mariscos. Providenciou um braseiro a carvão para cozinhar as salsichas e uma caixa de metal para deixar o pão aquecido.

Nessa época, Feltman chamava a invenção de “red hot”. Mais tarde, ela passaria a ser conhecida como “hot dog” ou “cachorro-quente”. O resultado de tanto empenho para atender aos clientes foi um sucesso estrondoso. Feltman chegou a vender cerca de quatro mil sanduíches por dia na praia.

Império do cachorro-quente

E não parou por aí. Bem ali, perto da praia, o empresário chegou a abrir nove restaurantes e um parque de diversões com montanha-russa, carrossel, salão de festas, cinema ao livre, hotel, jardim. Nesse império, eram produzidos por dia até 40 mil hot dogs. Em 1910, Feltman morreu. A empresa continuou sendo administrada pelos filhos até a década de 1940, quando foi vendida.

Cachorro-quente
Império do cachorro-quente construído pelo criador do sanduíche (Foto: reprodução internet)

A marca construída pelo imigrante alemão é tão forte que o antigo Feltman´s foi reaberto por novos empresários em 2017. O restaurante fica no mesmo local onde o original foi aberto. Por lá, só se vende cachorro-quente. E o restaurante está entre os 10 melhores do ramo nos Estados Unidos. Além disso, os produtos Feltman´s podem ser encontrados em cerca de 1.500 supermercados na América do Norte.

Pão, salsicha e visão de mercado. A história do criador do cachorro-quente é fonte de inspiração para qualquer empreendedor. Feltman é um exemplo de quem soube aproveitar as oportunidades para criar um negócio inovador. Deu certo! Prova disso é que o sanduíche é consumido em vários países e pode ser encontrado em locais sofisticados e barraquinhas de rua em versões que se multiplicam. O hot dog é tão famoso que tem um dia só dele: 9 de setembro. Viva o cachorro-quente!

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